Grupo de Estudos Fabricando Fit Faber
O Grupo de Estudos Fabricando Fit Faber da Fafil-UFG dedica-se ao estudo da filosofia de Baruch Espinosa (1632-1677), suas raízes na tradição filosófica pregressa, seus debates constitutivos com outros filósofos do século XVII e seu legado na filosofia contemporânea.
Criado em 2012 pelo prof. Dr. Cristiano Novaes de Rezende e desde então também por ele coordenado, o grupo vem gradualmente amadurecendo e ampliando-se, chegando hoje a abrigar em seu interior várias pesquisas de PIVIC, PIBIC, Monografia e Mestrado.
Sendo um dos mais perfeitos exemplos de filosofia sistemática, a obra de Espinosa compreende desde a lógica, a metafísica e a teoria do conhecimento, até a psicologia, a ética e a política, permitindo, por isso, pesquisas em todas essas áreas.
Pautado pela leitura dos textos do próprio autor, sempre com referência ao idioma original em que as obras foram escritas, e contando com o suporte de comentários especializados em História da Filosofia Moderna, o grupo também se dedica a investigar a presença, no interior dos escritos de Espinosa, de outras obras e autores por ele citados - aberta ou veladamente - ou presentes em sua biblioteca pessoal. Este último caso é o do texto que será lido no primeiro semestre de 2018:
A LÓGICA OU A ARTE DE PENSAR, de A. Arnauld e P. Nicole, recentemente traduzida para o português pela editora Calouste Gulbenkian, de Portugal.
Os encontros de leitura e discussão ocorrerão, a partir do dia 19/03/2018, às segundas-feiras, das 14:00 às 18:00 na sala de reuniões do novo prédio da FAFIL (o local poderá ser alterado).
A participação é aberta a todos os interessados, independentemente da etapa e da área de formação, bastando, para tanto, o sincero desejo de ler, compreender e conversar sobre o universo temático que se organiza ao redor da obra deste que indiscutivelmente está entre os mais inquietantes, polêmicos, fecundos e apaixonantes autores da historia da filosofia.
Em tempo: o modo de trabalho do grupo recusa a oposição entre fazer história da filosofia e fazer filosofia, assumindo, antes, a indissociabilidade entre essas atividades. Fazendo história da filosofia nos situamos na cultura e nos apoderamos dos instrumentos intelectuais unicamente com os quais se pode interagir de forma ativa e criativa com a tradição filosófica. Mais ainda: fazendo história da filosofia fazemo-nos filósofos, pois o dedicado trabalho de compreender o que escreveu um filósofo reflui sobre quem o executa, de modo que, ao fim e ao cabo, o verdadeiro produto da pesquisa haverá de ser, acima de tudo, o próprio pesquisador. Formamo-nos através dos filósofos que nos pomos a estudar, aprendemos a manejar seus instrumentos intelectuais reconstruindo e executando seus conceitos e raciocínios. É forjando que se faz um ferreiro, é fabricando que o fabricante se faz.
Página do grupo no Facebook: